Isso é uma daquelas revelações do mundo real que me deixam sem palavras, serião!
Nos anos 60, enquanto os israelitas e judeus estavam ainda se recuperando dos horrores do Holocausto, quadrinhos pulp pornográficos chamados “Stalags“, contendo temática nazista, viraram best-sellers na (então recém-criada) Nação de Israel! WTF!
O “Stalags” (o nome em hebraico para os Campos de Prisioneiros de Guerra) eram lidos por debaixo dos panos pelos adolescentes, boa parte deles filhos de sobreviventes, e contavam histórias de soldados americanos e britânicos capturados e abusados sexualmente por oficiais nazistas femininas voluptuosas, luxuriantes e sádicas! Geralmente, terminavam com o torturado escapando e se vingado das suas captoras com estupro e matança. Leitura saudável…
O reaparecimento recente dessas revistas vintage em leilões online e o alto preço alcançado, por serem itens de colecionador dificílimos de encontrar, tem trazido à tona uma nova discussão sobre como o Holocausto afetou a psiquê e a cultura israelense.
Os “Stalags” eram praticamente a única forma de pornografia encontrada à venda numa sociedade extremamente puritana, nos anos 60, em Israel, e desapareceram quase tão rápido quanto surgiram, quando seus autores e distribuidores passaram a ser perseguidos criminalmente, apenas dois anos após o lançamento da primeira edição. Uma história em particular, “Eu fui a Puta Particular do Coronel Schultz!”, foi considerada tão chocante que levou o governo a declarar a apreensão e destruição de todos os exemplares das revistas na qual ela foi publicada.